O ativismo que cativa

DSCN9873Certamente todas as pessoas que já leram o livro “o pequeno príncipe” conhecem a frase “você se torna eternamente responsável por tudo aquilo que cativa”, quantas pessoas podem ser cativadas para o veganismo (ou para o vegetarianismo em um primeiro momento) para que animais “cativos” possam viver livremente!?

Quem são essas pessoas que precisam ser cativadas por nós!? São aquelas que passam alguns minutos todos os dias conosco, aquelas que moram na mesma casa ou no mesmo condomínio que nós, aqueles com quem trabalhamos e estudamos, os nossos parentes que nos visitam em algumas datas especiais e almoçam conosco em alguns domingos… São todas as pessoas que podem ser tocadas por nossas mãos.

O ativismo “que cativa” é aquele responsável pelo bem estar das pessoas, pois sempre falo o seguinte: Quando você expõe todos os motivos pelos quais as pessoas devem parar de consumir animais e seus derivados você está apresentando um grande problema, está colocando em questionamento toda uma vida, uma cultura e uma série de inquietações até então não existentes pra aquela pessoa. Você tem o dever de mostrar soluções, pois você se torna responsável pela mudança daquela pessoa.

Meus amados irmãos e irmãs de jornada, o ativismo que cativa é aquele que torna a vida dos que se convertem ao veganismo mais saborosa, mais colorida e consciente. Se você quer ganhar alguém para essa causa é preciso dedicar tempo e as vezes esforço pra isso… As vezes, você vai precisar ensinar o cara a fazer os primeiros pratos (e você não apenas falará como fazer, mas também fará com ele), talvez precisará ir ao mercado com ele e ler os rótulos junto a ele, não é um trabalho fácil, mas lembre-se “você é responsável pelo que cativa” e se você não se esquecer disso saberá que estará salvando não apenas as “94 vidas que um vegetariano salva por ano” mas também todas as vidas poupadas pela mudança do seu amigo… Não há preço que pague por isso.

O ativismo que cativa não é aquele violento, com fotos sangrentas, com argumentos que não suportam críticas ou contra-argumentos, é o ativismo consciente, amável, doce, tranquilo e convicto, embasado em estudos, pesquisas e testemunhos de vida!

Não precisamos ficar conhecidos como “veganos chatos”, podemos encarar numa boa os insultos alheios e investir mais tempo conversando com os que se mostram receptivos do que discutindo com o que já tem uma mente fechada para o assunto. Não é uma guerra, não estamos medindo forças com ninguém, todos são livres pra pensar ou não a respeito do que acreditamos e precisamos entender isso, apesar de não concordarmos com a postura de quem nos ataca devemos respeitar as opiniões contrárias, isso é ter maturidade, pois boa parte das ofensas são provenientes de pessoas que só querem chamar atenção e mostrar uma pseudo superioridade.

Que você seja um ativista que consiga cativar a todos com suas palavras e ações. Se a sua vida fosse o único “livro” sobre veganismo que as pessoas pudessem ler, você faria o que está fazendo hoje? Pense sobre isso, pois as vezes somos o único informativo que muitas pessoas lerão a respeito do veganismo!

Um beijo pra quem segue na jornada,
Debbi C’ruz

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1 Comentário. Deixe novo

  • Carlos Alfredo Linhares Fabio
    4 de outubro de 2015 04:30

    Concordo que não precisamos ser chatos, e devemos tentar não incomodar ninguém… A não ser quando imperativamente necessário… O “ativismo sangrento” também funciona como forma de conscientização… Foi vendo os filmes da “Animal Liberation Front” e lendo o “Liberação Animal” do Peter Singer que eu entendi o que me repugnava tanto em comer outros seres autocientes… E que tive coragem de retomar uma dieta sem alimentos de origem animal… Já havia tentando várias vezes antes por motivos religiosos, por causa do exemplo dos meus amigos e professores de artes marciais e por uma vaga sensação de que havia algo errado em comer outros seres… Mas foram as fotos e filmes “sangrentos” e o ativismo de resultado, com as descrições do que acontece aos animais que me fez decidir… Com certeza muitas vezes é necessário tomar uma atitude “de força” para proteger alguém que não consegue se defender por si… Quem deixaria uma criança sofrer nas mãos de alguém e não tentaria interferir? É o mesmo caso em relação a abatedouros, laboratórios e “criadouros”… Repetindo aqui a frase de um comando israelense: “ao contrário do que sua mãe lhe ensinou… Violência resolve muita coisa sim”… Inclusive para defender os mais fracos (adendo meu)…

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